A Sotheby’s viveu uma noite histórica em Nova York com a venda de Portrait of Elisabeth Lederer (1914), de Gustav Klimt, por impressionantes US$ 236,4 milhões — o maior valor já pago por uma obra de arte moderna em leilão e o mais alto já registrado na própria casa. O quadro, um dos últimos grandes retratos do artista vienense, superou expectativas ao ultrapassar com folga a estimativa inicial de US$ 150 milhões.
A obra fazia parte do notável acervo de Leonard Lauder, magnata e mecenas das artes, falecido em junho aos 92 anos. Embora conhecido por doar sua extraordinária coleção cubista ao Metropolitan Museum of Art, Lauder preservou outras joias de seu acervo particular, entre elas três pinturas de Klimt e bronzes de Henri Matisse — agora ofertados em um leilão especial realizado na nova sede global da Sotheby’s, no Breuer Building, em Manhattan.
A disputa pelo Klimt foi marcada por tensão e entusiasmo. O leiloeiro Oliver Barker abriu os lances em US$ 130 milhões, e a competição se intensificou à medida que o valor subia em incrementos de US$ 2 milhões e depois de US$ 5 milhões. O ritmo desacelerou perto dos US$ 170 milhões, até que um lance surpreendente de David Galperin reacendeu a briga, criando um duelo a três com Julian Dawes e a consultora Patti Wong.
Quando o preço atingiu a marca simbólica dos US$ 200 milhões, o público celebrou com aplausos. No fim, Julian Dawes garantiu a compra com um lance final de US$ 205 milhões — totalizando US$ 236,4 milhões com taxas — consolidando o retrato como um marco absoluto na história do mercado de arte moderna.







