Na estreia de Matthieu Blazy como diretor criativo da Chanel, as bolsas ganharam protagonismo absoluto na passarela. Mais do que acessórios, elas se tornaram personagens centrais da coleção, refletindo a visão moderna e criativa do designer, que mescla tradição e inovação de maneira fluida e sofisticada.
Blazy revisitou os ícones da maison com um olhar contemporâneo: a 2.55, a Classic Flap e a Chanel Boy surgiram com proporções atualizadas, cores vibrantes e materiais inesperados, provando que a Chanel continua fiel à sua essência, mas disposta a se reinventar. O clássico tweed e o couro matelassê, que por décadas definiram o luxo da marca, foram reinterpretados com cortes inovadores e detalhes sutis, conferindo leveza, movimento e um toque de modernidade às peças.
Outro destaque foram as minibags, que voltaram com força total. Pequenas, versáteis e cheias de personalidade, elas reforçam a ideia de que o luxo não precisa ser pesado ou tradicional para ser desejável. Cada modelo demonstrou como Blazy entende a necessidade de combinar funcionalidade e estética, tornando a bolsa não apenas um acessório, mas uma extensão da expressão pessoal de quem a carrega.
Além dos clássicos, novas formas surgiram, mostrando que a Chanel está aberta a explorar texturas diferentes, cores ousadas e combinações inesperadas. Alguns modelos apresentaram detalhes translúcidos, permitindo sobreposições e criando um diálogo visual entre interior e exterior, tradição e inovação.
As bolsas de Blazy também revelam sua sensibilidade histórica. Ele reconhece os legados de Gabrielle Chanel, Karl Lagerfeld e Virginie Viard, mas se permite reinterpretar cada peça, trazendo leveza, ousadia e um frescor visual que nunca haviam sido vistos na maison. A coleção reforça a ideia de que a Chanel pode ser ao mesmo tempo atemporal e atual, respeitando seus códigos, mas traduzindo-os para um público contemporâneo.
Confira as 10 bolsas que eu acredito serem as mais comentadas do momento — verdadeiros símbolos da nova era da Chanel, onde tradição e modernidade caminham lado a lado.













